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28.8.15

arquitetura bioclimática X sustentabilidade


A arquitetura bioclimática influencia diretamente no projeto da casa nos setores de iluminação, de climatização e de ventilação que determinam maiores ou menores consumos de energia por parte dos usuários, que ligam o ar-condicionado, as luzes e os ventiladores para terem um conforto que merecem em seus lares. Com isso, o arquiteto também é responsável pelo custo energético do uso e da manutenção de sua construção. Não se trata de tirar a responsabilidade dos usuários, uma vez que estes respondem por seus costumes de consumo em eletricidade por produtos eletrodomésticos, em quantidade de água de uso doméstico, na separação de seus resíduos e sua reutilização ou reciclagem quando possível, entre outros.
Podemos definir a arquitetura bioclimática, de acordo com o autor Gonzalez, como aquela que “representa o uso de materiais e substâncias com critérios de sustentabilidade, ou seja, sem colocar em risco seu uso por gerações futuras. Representa o conceito de gestão energética ótima dos edifícios de alta tecnologia, mediante a captação, acumulação e distribuição de energias renováveis passiva ou ativamente. Representa a integração paisagística e uso de materiais locais e saudáveis, dos critérios ecológicos e da ecoconstrução” (2004, p. 11).
A metodologia de projeto da arquitetura bioclimática é auto-explicativa, como veremos a seguir:
1. Análise do local e do entorno: por meio da observação da orografia, da vegetação, do traçado urbano, do tipo de terreno e das águas do entorno procuram-se obter dados de materiais, obstruções de luz solar par melhor localizar o projeto.
2. Obtenção de dados sobre o clima e o micro-clima: temperaturas médias, máximas e mínimas; humedades relativas; radiações solares médias por orientações; coordenadas solares (orientação horária da trajetória solar); índices pluviométricos e informações dos ventos do local. Estas informações que se encontram em estações metereológicas locais são fundamentais, pois através de softwares informáticos calcula-se a melhor orientação para aproveitar melhor a radiação solar e ao mesmo tempo proteger-se das chuvas e ventos frios do inverno.
3. Cálculo das condições de bem estar bioclimático: por meio de softwares informáticos calcula-se a temperatura e humedades relativas ideais para que o usuário sinta-se confortável e as estratégias bioclimáticas (de calefação ou ventilação) necessárias para modificar o micro-clima do edifício de acordo com o bem estar bioclimático do usuário.

4. Estratégias bioclimáticas passivas: pode-se dizer que sejam estratégias inerentes ao projeto arquitetônico que não supõem um incremento de consumo energético durante a vida útil do edifício. Por exemplo, características da orientação do edifício, da forma geométrica, dos materiais selecionados, dos sistemas de ventilação cruzada não forçada, entre outros.

5. Estratégias bioclimáticas ativas: pode-se dizer que sejam estratégias inerentes ao projeto arquitetônico que supõem um incremento de consumo energético durante a vida útil do edifício. Por exemplo, placas fotovoltaicas, painéis solares para água quente sanitária, proteção solar automatizada, ventilação forçada, pisos radiantes, entre outros.